Autismo: Diferenças e características
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) abrange uma ampla gama de manifestações, variando em intensidade e impacto na vida diária.
Lilian Carmo
2/21/20253 min ler
Autismo: Diferenças e características
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) abrange uma ampla gama de manifestações, variando em intensidade e impacto na vida diária. Para facilitar a compreensão e oferecer um suporte adequado, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) classifica o TEA em três níveis, de acordo com a necessidade de suporte da pessoa autista. Esses níveis são frequentemente descritos como leve, moderado e severo, mas é essencial lembrar que cada indivíduo é único, e os desafios podem variar.
Nível 1 – (Necessita de Suporte)
O autismo leve, muitas vezes associado ao antigo diagnóstico da Síndrome de Asperger, caracteriza-se por desafios sociais e dificuldades na comunicação, mas sem um impacto severo na autonomia do indivíduo.
Características:
Dificuldade em iniciar e manter interações sociais;
Dificuldade na interpretação de sinais não verbais, como expressões faciais e tom de voz;
Interesses restritos e comportamentos repetitivos, mas que não interferem significativamente na rotina diária;
Sensibilidades sensoriais moderadas, como desconforto com barulhos altos ou determinadas texturas;
Boa capacidade de comunicação verbal, porém com desafios na reciprocidade social e na adaptação a mudanças.
Impacto no dia a dia:
Pessoas com autismo leve podem levar uma vida relativamente independente, trabalhar e estudar, mas ainda enfrentam desafios sociais e emocionais que podem causar estresse e ansiedade.
Nível 2 – (Necessita de Suporte Substancial)
No nível moderado, as dificuldades na comunicação e na interação social são mais evidentes, e a pessoa pode precisar de suporte adicional para realizar atividades diárias e sociais.
Características:
Comunicação verbal mais limitada, podendo haver ecolalia (repetição de palavras ou frases) ou um discurso mais monótono;
Dificuldade significativa em compreender e expressar emoções;
Maior rigidez no pensamento e resistência a mudanças na rotina;
Sensibilidades sensoriais mais acentuadas, como desconforto extremo com ruídos ou contato físico;
Maior dependência de familiares ou cuidadores para organizar tarefas do dia a dia.
Impacto no dia a dia:
Pessoas com autismo moderado podem necessitar de apoio contínuo para lidar com interações sociais, trabalhar ou estudar em ambientes adaptados e manter uma rotina estruturada para evitar crises de ansiedade ou sobrecarga sensorial.
Nível 3 – (Necessita de Suporte Muito Substancial)
O autismo severo envolve desafios significativos na comunicação, na interação social e no comportamento, tornando essencial um suporte constante para garantir a qualidade de vida da pessoa.
Características:
Comunicação verbal muito limitada ou inexistente, podendo depender de comunicação alternativa (como pictogramas ou gestos);
Pouca ou nenhuma resposta a interações sociais, podendo evitar contato visual e não demonstrar interesse por interações;
Movimentos repetitivos mais evidentes, como balançar o corpo, bater as mãos ou girar objetos por longos períodos;
Sensibilidades sensoriais extremas, podendo levar a crises frequentes;
Grande dependência de cuidadores para tarefas básicas, como alimentação, higiene e vestimenta.
Impacto no dia a dia:
Pessoas com autismo severo podem necessitar de supervisão constante para garantir sua segurança e bem-estar. A inclusão social e educacional exige adaptações intensivas e acompanhamento multidisciplinar.
Importância do Diagnóstico e do Suporte Adequado
Independentemente do nível do TEA, cada pessoa autista tem suas próprias potencialidades e desafios. O diagnóstico precoce e o suporte adequado fazem toda a diferença no desenvolvimento e na qualidade de vida.
Principais formas de suporte:
Terapia comportamental e educacional, como ABA e TEACCH;
Fonoaudiologia, para trabalhar dificuldades na comunicação;
Terapia ocupacional, para desenvolver habilidades motoras e sensoriais;
Psicoterapia, para auxiliar no desenvolvimento emocional;
Ambientes adaptados, tanto em casa quanto na escola ou trabalho.
O entendimento das diferenças entre os níveis do autismo auxilia no desenvolvimento de abordagens mais inclusivas e no respeito às necessidades individuais de cada pessoa dentro do espectro. Afinal, o autismo não define um limite para o potencial de alguém, mas sim um caminho único que deve ser compreendido e apoiado.
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