O Que Causa o Autismo? Mitos e Verdades

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento da comunicação, do comportamento e da interação social. Apesar de décadas de estudos e avanços na ciência, o autismo ainda é cercado por muitas dúvidas, equívocos e até fake news. Essas informações incorretas não apenas criam confusão, mas também contribuem para o estigma social, dificultando o acesso ao diagnóstico precoce, ao tratamento adequado e à inclusão de pessoas autistas na sociedade.

Rodrigo Silva

2/12/202513 min ler

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O Que Causa o Autismo? Mitos e Verdades

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento da comunicação, do comportamento e da interação social. Apesar de décadas de estudos e avanços na ciência, o autismo ainda é cercado por muitas dúvidas, equívocos e até fake news. Essas informações incorretas não apenas criam confusão, mas também contribuem para o estigma social, dificultando o acesso ao diagnóstico precoce, ao tratamento adequado e à inclusão de pessoas autistas na sociedade.

Se você já ouviu alguém afirmar que "o autismo é causado por vacinas" ou que "crianças autistas não sentem emoções", saiba que essas são apenas algumas das muitas ideias equivocadas que se espalharam ao longo do tempo. Além disso, há quem acredite que o autismo só afeta meninos ou que toda pessoa autista possui uma inteligência acima da média, como nos filmes e séries de TV. Embora algumas dessas crenças possam ter surgido de mal-entendidos sobre pesquisas científicas ou da forma como o autismo é retratado na mídia, elas não refletem a realidade da ampla diversidade dentro do espectro autista.

Compreender o autismo de forma clara e baseada em evidências é fundamental para reduzir preconceitos e oferecer um ambiente mais acolhedor e acessível para todas as pessoas no espectro. A ciência já demonstrou que o TEA tem múltiplas causas, com fatores genéticos desempenhando um papel significativo, além de possíveis influências ambientais. No entanto, muitas das especulações populares sobre suas origens não têm qualquer embasamento científico e podem até atrapalhar os esforços de conscientização e inclusão.

Neste artigo, vamos explorar o que realmente sabemos sobre as causas do autismo, desmistificar os equívocos mais comuns e apresentar dicas práticas para famílias que desejam entender melhor essa condição. Afinal, informação de qualidade não apenas esclarece dúvidas, mas também promove empatia, respeito e inclusão para todas as pessoas autistas e suas famílias.

O Que Realmente Causa o Autismo?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Embora a ciência ainda não tenha uma resposta definitiva sobre todas as suas causas, os pesquisadores concordam que o autismo resulta da interação de múltiplos fatores, sendo a genética um dos principais elementos envolvidos. Estudos indicam que mutações genéticas e variantes herdadas podem aumentar significativamente o risco de desenvolvimento do TEA.

Além da influência genética, fatores ambientais também desempenham um papel importante. Exposições durante a gestação, como infecções maternas, complicações no parto, idade dos pais e contato com substâncias tóxicas, estão sendo investigadas como possíveis contribuições para o desenvolvimento do transtorno. No entanto, não há uma única causa específica, e os cientistas continuam a explorar como esses fatores interagem e afetam o cérebro em desenvolvimento.

Com os avanços da pesquisa, espera-se que no futuro seja possível compreender melhor os mecanismos que levam ao TEA, permitindo diagnósticos mais precoces e intervenções mais eficazes. Enquanto isso, o entendimento atual reforça a importância de um olhar atento para o desenvolvimento infantil, garantindo apoio e inclusão para pessoas autistas em todas as fases da vida.

Fatores Genéticos

Muitos estudos indicam que o autismo tem um forte componente genético, tornando-se um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso significa que algumas crianças já nascem com uma predisposição genética que pode influenciar no surgimento do transtorno. Pesquisas demonstram que, quando há casos de autismo na família, as chances de outro membro também ser diagnosticado aumentam consideravelmente. Estudos com gêmeos idênticos, por exemplo, mostram que se um deles tem autismo, o outro tem uma probabilidade muito maior de também apresentar o transtorno em comparação com irmãos não gêmeos.

No entanto, ao contrário de doenças causadas por uma única mutação genética, o autismo é uma condição altamente heterogênea. Não existe um único "gene do autismo"; em vez disso, diversas mutações e variações genéticas podem estar envolvidas. Pesquisas indicam que centenas de genes diferentes podem contribuir para o desenvolvimento do TEA, e algumas dessas alterações podem ocorrer de forma hereditária, enquanto outras surgem espontaneamente, sem histórico familiar prévio.

Além disso, fatores epigenéticos—mecanismos que regulam a ativação ou inativação dos genes sem alterar a sequência do DNA—também podem desempenhar um papel importante. Isso significa que, embora a genética tenha grande influência, a forma como os genes se expressa pode ser modulada por fatores ambientais e biológicos, como infecções maternas, estresse e exposição a certas substâncias durante a gestação.

Com os avanços na genética e na neurociência, pesquisadores continuam a investigar como essas mutações e variações interagem com outros fatores para entender melhor as origens do TEA. Esse conhecimento pode, no futuro, possibilitar diagnósticos mais precoces, tratamentos mais personalizados e uma melhor compreensão das necessidades específicas de cada pessoa dentro do espectro autista.

Fatores Ambientais

Além da genética, que é um dos principais determinantes do desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA), fatores ambientais podem também ter uma influência significativa, especialmente quando interagem com predisposições genéticas. Esses fatores ambientais podem afetar o desenvolvimento do cérebro fetal ou as primeiras interações sociais e cognitivas da criança, influenciando de maneira complexa o risco de autismo. Embora os fatores genéticos sejam predominantes, a interação entre genética e ambiente é um campo central de estudo, sugerindo que o autismo pode ser o resultado de uma combinação desses dois tipos de fatores.

A idade dos pais, especialmente do pai, tem sido um dos aspectos mais pesquisados. Homens mais velhos têm uma probabilidade aumentada de ter filhos com TEA, possivelmente devido a mutações genéticas que podem surgir com a idade ou alterações no esperma ao longo do tempo. Da mesma forma, mulheres mais velhas também têm um risco ligeiramente maior, embora a pesquisa nesse campo ainda esteja em andamento.

Complicações durante a gravidez, como diabetes gestacional, hipertensão, infecções maternas (como rubéola ou toxoplasmose) e febre alta durante a gestação, têm sido associadas a um risco aumentado de autismo. Esses fatores podem afetar o desenvolvimento cerebral do feto, prejudicando a formação das conexões neurais que são essenciais para o desenvolvimento cognitivo e social.

Exposição a substâncias tóxicas durante a gravidez também tem sido um tema de investigação crescente. Produtos químicos como pesticidas, metais pesados, poluentes do ar e até medicamentos como o valproato de sódio, usado para tratar epilepsia, têm sido implicados em estudos que sugerem um aumento do risco de autismo. A exposição ao fumo, álcool ou drogas recreativas também pode afetar o desenvolvimento fetal, aumentando a probabilidade de TEA. Embora o uso dessas substâncias seja sabido por causar danos diretos ao desenvolvimento neurológico, as interações com os fatores genéticos podem criar uma combinação ainda mais complexa.

Além disso, fatores como o estresse materno durante a gravidez, a alimentação materna, a falta de nutrientes essenciais ou o desequilíbrio hormonal também podem influenciar no desenvolvimento do cérebro e na manifestação de características do autismo. O estresse, por exemplo, pode alterar a produção de hormônios como o cortisol, que afeta a formação neural e pode modificar a maneira como o cérebro da criança se desenvolve.

Esses fatores ambientais, no entanto, não causam autismo de forma direta ou isolada. Eles não são “causas” exclusivas do TEA, mas sim fatores que, quando combinados com uma predisposição genética, podem aumentar o risco de o transtorno se manifestar. A importância desses fatores varia de acordo com o contexto individual de cada criança, sendo necessário um entendimento holístico para avaliar o risco com precisão.

O estudo dessas interações entre genética e ambiente continua em desenvolvimento, com a ciência buscando entender como essas influências podem ser mediadas ou mitigadas para prevenir o surgimento de TEA ou melhorar os resultados para crianças que já apresentam o transtorno. Além disso, essa pesquisa reforça a importância de políticas públicas que protejam o ambiente e promovam o bem-estar materno e infantil, com foco na saúde mental e física, especialmente durante a gravidez e os primeiros anos de vida.

Mitos e Verdades Sobre o Autismo

Agora que entendemos um pouco mais sobre as possíveis causas do TEA, vamos desmistificar algumas ideias erradas que circulam por aí. Existem muitas informações equivocadas sobre o autismo, e esclarecer essas questões é essencial para promover a inclusão e o respeito. Vamos conferir alguns dos mitos mais comuns e a verdade por trás deles:

1. "Vacinas causam autismo" - MITO

A ideia de que vacinas causam autismo é uma das fake news mais prejudiciais e persistentes. Ela surgiu devido a um estudo fraudulento publicado em 1998, que sugeria uma ligação entre a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e o autismo. No entanto, essa pesquisa foi amplamente desacreditada, e o autor foi descredenciado e teve seu registro profissional revogado. Pesquisas científicas subsequentes, em grande escala, não encontraram nenhuma evidência de que vacinas possam causar o autismo. Ao contrário, vacinas são cruciais para a proteção da saúde infantil, prevenindo doenças graves e até fatais. A recusa em vacinar coloca a criança e a comunidade em risco, podendo causar surtos de doenças evitáveis.

2. "A culpa é da mãe ou do jeito que a criança foi criada" - MITO

A teoria da "mãe-geladeira" surgiu nos anos 1950 e sugeria que o autismo era causado por mães frias e distantes, que não davam o amor necessário aos filhos. Esta ideia foi refutada com o avanço da pesquisa científica. Estudos atuais mostram que o autismo é uma condição neurobiológica, com uma forte base genética. Fatores ambientais, como exposição a toxinas, podem influenciar, mas o jeito de criar o filho não tem impacto direto sobre o desenvolvimento do autismo. Pais e mães, independentemente de seu estilo de criação, não são responsáveis por causar o autismo em seus filhos.

3. "Somente meninos podem ter autismo" - MITO

Embora o autismo seja diagnosticado mais frequentemente em meninos, as meninas também podem ser diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A razão para essa diferença nos números de diagnóstico está na forma como o autismo pode se manifestar em meninos e meninas. As meninas podem exibir sintomas mais sutis e até mesmo desenvolver habilidades de camuflagem social para esconder suas dificuldades. Isso torna o diagnóstico mais difícil e pode levar a subdiagnósticos. Além disso, o autismo em meninas pode ser mais associado a desafios em áreas como relações sociais, enquanto em meninos, os sinais podem ser mais evidentes em comportamentos repetitivos.

4. "Toda pessoa com autismo é um gênio ou tem habilidades especiais" - MITO

A representação do autismo na mídia, como no filme "Rain Man", criou a ideia errada de que todas as pessoas com TEA têm habilidades excepcionais, como um talento extraordinário para a música, matemática ou memória. Embora existam pessoas com autismo que possuem essas habilidades, elas são a exceção, não a regra. O espectro autista é muito amplo e as características variam enormemente de pessoa para pessoa. Muitas pessoas com autismo podem ter dificuldades significativas na comunicação, interação social e no processamento sensorial, e o foco no talento especial pode desviar a atenção das necessidades de apoio diárias dessas pessoas.

5. "Intervenção precoce ajuda no desenvolvimento da criança" - VERDADE

A intervenção precoce é uma das melhores formas de apoiar o desenvolvimento de uma criança com autismo. Estudos demonstram que quanto mais cedo uma criança recebe terapia especializada, maiores são suas chances de desenvolver habilidades sociais, comunicativas e cognitivas. Programas de intervenção comportamental, terapia ocupacional, fonoaudiologia e acompanhamento psicológico podem ajudar a melhorar as habilidades adaptativas, sociais e emocionais. O suporte contínuo pode reduzir os sintomas de TEA e permitir que a criança se desenvolva da melhor forma possível, alcançando maior autonomia e qualidade de vida.

6. "Pessoas com autismo não sentem emoções" - MITO

É um erro comum acreditar que as pessoas com autismo não sentem emoções. Elas sentem emoções intensamente, mas podem ter dificuldades em expressá-las de maneira convencional ou em reconhecer e compreender as emoções dos outros. A falta de expressões faciais típicas ou dificuldades na linguagem corporal pode dar a impressão de que essas pessoas são indiferentes. No entanto, muitos indivíduos com TEA experimentam uma vasta gama de sentimentos, incluindo felicidade, tristeza, frustração e amor. O desafio está na comunicação emocional, não na ausência de emoção.

7. "O autismo pode ser curado" - MITO

O autismo não é uma doença, mas uma condição neurológica permanente. Não existe "cura" para o autismo, pois não se trata de algo que precise ser erradicado, mas sim de uma condição que exige compreensão e apoio. O autismo afeta o modo como uma pessoa percebe o mundo e interage com ele. Com o suporte adequado, as pessoas com TEA podem aprender a lidar com as dificuldades e aproveitar suas habilidades únicas. Em vez de buscar uma cura, é mais importante focar em estratégias de apoio que melhorem a qualidade de vida e a inclusão social.

8. "Dietas especiais podem curar o autismo" - MITO

Algumas dietas, como a sem glúten e sem caseína, são frequentemente promovidas como tratamentos para o autismo, mas não há evidências científicas robustas que comprovem que essas dietas possam curar ou mesmo melhorar os sintomas do TEA de forma significativa. Embora algumas pessoas com autismo possam ter sensibilidades alimentares ou alergias que podem ser tratadas com ajustes na dieta, isso não altera a natureza do autismo. As intervenções dietéticas devem ser discutidas com profissionais de saúde qualificados, pois dietas mal planejadas podem resultar em deficiências nutricionais. O tratamento eficaz do autismo envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo terapias comportamentais e educacionais, e não dietas alternativas.

Dicas Práticas Para Famílias de Crianças com Autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodivergente que afeta a forma como uma pessoa percebe o mundo e interage com os outros. Para as famílias, entender o autismo e encontrar maneiras de oferecer suporte adequado pode ser um desafio, mas também uma jornada de aprendizado e crescimento. Cada criança com TEA é única, e não existe um único caminho ou solução universal. No entanto, algumas estratégias podem tornar a convivência mais harmoniosa, promovendo o bem-estar da criança e de todos ao seu redor.

A seguir, reunimos algumas dicas práticas que podem auxiliar famílias a proporcionar um ambiente acolhedor, estruturado e estimulante para seus filhos com autismo.

1. Informe-se por fontes confiáveis

O primeiro passo para apoiar uma criança com TEA é buscar conhecimento. Existem muitos mitos e informações erradas circulando, principalmente nas redes sociais. Para garantir que você está bem informado, busque fontes confiáveis, como associações de autismo, profissionais de saúde especializados, terapeutas ocupacionais e pesquisadores da área. Livros escritos por especialistas e relatos de famílias também podem ser valiosos para ampliar sua visão sobre o autismo.

2. Respeite o tempo e os limites da criança

Cada criança autista tem seu próprio ritmo de desenvolvimento e forma de interagir com o mundo. Algumas podem precisar de mais tempo para processar informações, enquanto outras podem ter sensibilidades sensoriais específicas. Respeitar esses limites é essencial para evitar sobrecarga emocional e garantir que a criança se sinta segura. Permita que ela explore o ambiente no seu tempo e esteja atento a sinais de desconforto.

3. Aposte na comunicação alternativa

A comunicação pode ser um dos maiores desafios para algumas crianças autistas. Se a criança apresenta dificuldades na fala, é importante explorar outros meios de expressão, como:

  • Cartões ou quadros de comunicação visual;

  • Aplicativos de comunicação alternativa e aumentativa (CAA);

  • Linguagem de sinais adaptada;

  • Uso de gestos e expressões faciais.

Cada criança se comunica de um jeito único, e encontrar o método que melhor funciona para ela pode facilitar a interação e reduzir frustrações.

4. Crie uma rotina estruturada

A previsibilidade do dia a dia ajuda a criança com TEA a se sentir mais segura e confortável. Mudanças repentinas podem gerar ansiedade e desorganização emocional. Para evitar isso, tente manter horários regulares para atividades como refeições, banho, sono e brincadeiras. Além disso, usar recursos visuais, como quadros de rotina com imagens ou símbolos, pode ajudar a criança a entender o que acontecerá ao longo do dia.

5. Busque apoio e redes de suporte

O caminho da inclusão e do cuidado com uma criança autista não precisa ser solitário. Buscar apoio de profissionais especializados, grupos de pais e comunidades que compartilham experiências podem fazer uma grande diferença. Terapias ocupacionais, acompanhamento psicológico e orientação com pedagogos podem oferecer suporte essencial. Além disso, conversar com outras famílias que vivenciam situações semelhantes pode trazer conforto e novas estratégias para o dia a dia.

6. Estimule a autonomia

Incentivar a independência da criança, dentro das suas possibilidades, contribui para seu desenvolvimento e autoconfiança. Pequenas tarefas, como guardar brinquedos, ajudar a vestir-se ou lavar as mãos, podem ser ensinadas de forma gradual e adaptada às capacidades individuais da criança. O reforço positivo e a paciência são essenciais nesse processo.

7. Tenha paciência e celebre pequenas conquistas

Cada avanço, por menor que pareça, é um grande passo na jornada da criança. Comemore cada progresso, desde a conquista de um novo hábito até a superação de um desafio. O carinho, o incentivo e a paciência dos familiares fazem toda a diferença para que a criança se sinta segura e confiante.

Juntos pela Inclusão: Um Caminho de Amor e Respeito

Se você é pai, mãe, familiar ou amigo de alguém com autismo, saiba que não está sozinho. O caminho pode ter desafios, mas também é repleto de descobertas, aprendizados e, acima de tudo, amor. Cada criança tem seu próprio jeito de perceber e interagir com o mundo, e compreender essa singularidade não apenas enriquece a vida dela, mas transforma profundamente a nossa visão sobre empatia, paciência e inclusão.

A inclusão começa no respeito e no entendimento, mas precisa ser um compromisso diário. Não basta apenas aceitar; é preciso acolher, dar espaço, garantir direitos e criar oportunidades. Pessoas com TEA têm talentos únicos, formas incríveis de enxergar a vida e muito a contribuir com a sociedade. Quando valorizamos suas habilidades e respeitamos suas dificuldades, construímos um ambiente mais justo, onde todos podem crescer e se desenvolver plenamente.

A mudança não acontece sozinha. Cada pequeno gesto de empatia – seja uma conversa respeitosa, um olhar acolhedor, uma adaptação no ambiente ou até mesmo a quebra de preconceitos – tem o poder de transformar vidas. O autismo não deve ser visto como uma barreira, mas como parte da maravilhosa diversidade humana que nos torna mais fortes e completos.

Que possamos seguir juntos nessa jornada, aprendendo uns com os outros, celebrando as conquistas e tornando o mundo um lugar onde todas as formas de ser e existir sejam valorizadas. Porque a verdadeira inclusão não é apenas permitir que todos participem, mas garantir que cada um se sinta pertencente. Afinal, o mundo é mais bonito quando cabe todo mundo! 💙✨